O Kolibli inicia a retrospectiva de 2019 listando os lançamentos no formato música (singles ou não) que obtiveram notoriedade por conta da… ruindade. Aqui estão as nossas menções desonrosas e as 20 canções escolhidas com os motivos detalhados a partir da posição 10:

Menções desonrosas:

“Small Talk” — Katy Perry

“If I Can’t Have You” — Shawn Mendes

“Menina Solta” — Giulia Be

“El Ritmo Psicodélico” — Eleni Foureira

“Sucker” — Jonas Brothers

“#Алкоголичка” (#Alkogolichka) — Artur Pirozhkov

As 20 piores músicas de 2019

20. “Heartless” — The Weeknd

19. “Goddess” — Avril Lavigne

18. “Home” — Kobi Marimi

17. “Love is Forever” — Leonora

16. “Dance Monkey” — Tones and I

15. “money machine” — 100 gecs & Dylan Brady

14. “Bigger than us” — Michael Rice

13. “Fuck it Up” — Iggy Azalea & Kash Doll

12. “VSF” — Jão

11. “Hurts 2B Human” — “Pink”

10. “Someone you Loved” — Lewis Capaldi

Ocasionalmente a indústria musical aparece com algum cantor que preencha a cota mainstream do artista introspectivo no piano. Algo contra isso? Jamais! Amamos cantores “gritões” dramáticos como Hozier, Adele ou Polina Gagarina, mas o problema é que “Someone you loved”, além da produção genérica, tem quase investimento emocional nulo por conta da performance vocal exagerada de Lewis Capaldi.

9. “Juntos” — Paula Fernandes & Luan Santana

Se você não canta brega ou axé, recriar um grande sucesso internacional exige cuidados maiores. Paula Fernandes e Luan Santana (esse rapidamente fingiu que a participação nunca aconteceu), conseguiram revistar o hit de “Nasce uma Estrela” dando luz ao infame refrão “juntos e shallow now”, que acabou sendo um dos maiores memes de 2019. Mas a culpa é da língua portuguesa, né Paula?

8. “Бабочки” (Babochki) — Elena Temnikova

“Babochki” foi, por muito tempo, a nossa número #1 na lista de piores músicas de 2019. Além de ter uma dos beats de trap mais entendiantes dos últimos tempos, a performance vocal preguiçosa e o desconcertante “babochki” que Temnikova balbucia a cada segundo, o single representa tudo que deu errado no quarto álbum da cantora russa.

7. “Elefante” — NK

“Elefante”, última aposta internacional da cantora ucraniana NK, não é tão ruim quando o clipe, digamos, racista que o acompanha, mas também merece uma posição nessa lista. Amamos as divas do Leste por serem despojadas e provocativas, mas NK cruzou a linha do bom senso nessa canção tropical que fala nada com nada e tenta surfar em algum tipo de tendência latina.

6. “Bad Guy (remix)” — Billie Eilish & Justin Bieber

Dói colocar a sensação Billie Eilish (acompanhe as próximas listas!) entre os piores de 2019, mas alguém precisa ser responsabilizado por esse remix, não é mesmo? A cantora já disse em entrevistas que Justin é um grande ídolo dela, e por isso, infelizmente fomos surpreendidos com o remake de um dos melhores hits do último ano. Justin, com a sua preguiça habitual, não se esforça nem em cantar no mesmo tom e energia que Billie na música, fazendo com que o relançamento de “Bad Guy” pareça aquela constrangedora apresentação de colégio com a amiga que fez todos os slides e o amigo que leu sobre o assunto 10 minutos antes de ir para a aula.

5. “I Don’t Care” — Ed Sheeran & Justin Bieber

O Kolibli não é o primeiro a fazer essa associação “genial”, mas é necessário coloca-la: como o título da música diz, ninguém se importa. Nem Ed, nem Justin. “I Don’t Care” é uma insípida união de nomes de peso que escora todo o sucesso nesse fator. Tudo é entediante nessa canção (desde a letra à produção puxada para o afrobeats), onde o vazio de ideias impera.

4. “eXplosion” — Black Eyed Peas & Anitta

Assim como no item anterior, quem escuta “eXplosion” consegue perceber que a canção não passa de um mero co-branding entre Anitta e o grupo Black Eyed Peas. Entre “vamos conectar como Wi-fi” e infinitas repetições de frases e onomatopeias, nem o beat influenciado pelo reggaeton consegue convencer de que houve algum esforço nessa colaboração.

3. “Gelo” — Melim

O pop shimbalaiê brasileiro nunca falha em entregar canções que se tornam grandes hits, mas cada vez mais estas músicas têm ficado irritantes. “Gelo”, cantada pelo trio Melim, já se torna insalubre no início da música, mostrando ao ouvinte o melhor exemplo de como não escrever um refrão: “você me deu um gelo, e tudo ficou gelado, gelado. Quem é que vai ficar do seu lado?”.

2. “Heaven” — D-mol

O grupo montenegrino D-mol não conseguiu chegar à final do Eurovision desse ano— e absolutamente ninguém se chocou. “Heaven”, canção que (acredito) que fale sobre amar, não acerta nem em produção, que fora retocada até que se conseguisse deixa-la um pouco mais moderna, e muito menos em composição, já que a música parece ter sido retirada de alguma gaveta de descartadas do festival em 1999.

1. “ME!” — Taylor Swift & Brendon Urie

O álbum “Lover” representa uma volta de Taylor Swift à um local de forte grau de introspecção, contando com toques mais acústicos e saudosistas ligados aos trabalhos “banquinho e violão” que a cantora já fez. O primeiro single do projeto, por outro lado, foi a propaganda negativa que deixou seus fãs em alerta em relação à qualidade do álbum que viria. “ME!”, faixa em participação com Brendon Urie, o príncipe dos pastelões super produzidos, é tão infantil que muitos até questionavam se esse single não seria feito para alguma animação ou algo do tipo. Não mesmo…

As críticas fizeram até com que a cantora removesse a infame frase “Hey kids, spelling is fun” (Hey crianças, soletrar é divertido) da versão colocada no álbum, mas pouco muda o que já foi feito pelas personificações de Xuxa e Luccas Neto nos Estados Unidos. Ambos podem muito mais!