A EBU (União Europeia de Radiodifusão) e a emissora suíça SRG SSR confirmaram hoje (30) a cidade da Basileia como sede do Eurovision 2025. Como manda a tradição, o atual país vencedor do festival recebe a edição seguinte, fazendo com que a Suíça se tornasse apta para a tarefa. O Eurovision 2025 será realizado nos dias 13, 15 e 17 de maio na St. Jakobshalle, arena com capacidade para até 12 mil espectadores.
Basileia venceu outras três candidaturas
Terceira maior cidade da Suíça, a Basileia foi escolhida em conjunto pela SRG SSR e a EBU, órgão responsável pelo Eurovision, após um processo competitivo de candidaturas. Foram analisadas as instalações dos locais, as suas infraestruturas e a capacidade de acomodar milhares de pessoas de todo o mundo, que vão desde os funcionários das delegações até os jornalistas e fãs. Berna (em conjunto com Biel) e Zurique lançaram candidaturas, mas apenas Genebra e Basileia chegaram até a fase final da seleção, vencendo a última delas.
No país de quatro línguas, agora é a hora da chamada “Suíça Alemã”: esta é a primeira vez que o Eurovision será realizado na cidade da Basileia e nessa região como um todo, já que as outras duas edições suíças foram sediadas em Lugano e Lausanne, locais de características italiana e francesa, respectivamente. A edição também marca a manutenção da sequência de festivais sediados fora de capitais nacionais*, a maior na história (a última foi Lisboa em 2018).
Martin Österdahl, Supervisor Executivo do Eurovision, comentou o anúncio dizendo que a EBU “está encantada” ao ver que a Basileia tenha sido selecionada como a cidade-sede do Eurovision 2025 e que é “ótimo trazê-lo de volta ao seu local de origem quase 70 anos depois”.
Volta ao marco zero
Como lembrado pelo atual Supervisor Executivo, o Eurovision 2025 marca o retorno do evento ao local em que tudo começou. Com sede em Lugano, o primeiro festival ocorreu em 1956 e contou com apenas sete países. A vitoriosa “Refrain” de Lys Assia trouxe o primeiro título na história para a própria Suíça, sendo esse um dos poucos casos de países que venceram o festival em casa.
O segundo triunfo do país veio apenas em 1988, 32 anos depois, com a canadense Céline Dion (que dispensa apresentações) e a power ballad “Ne Partez Pas Sans Moi”. O festival do ano seguinte seria sediado na cidade de Lausanne.
Só Nemo com a rap ópera de “The Code” foi capaz de quebrar um jejum ainda maior de títulos (36 anos) ao vencer o Eurovision de 2024 e fazer história se tornando o primeiro artista não-binário campeão do festival.
* Levamos em consideração o consenso internacional de que Berna é a capital do país, mas a verdade é que a Suíça não tem uma capital nacional oficial. Ou seja, o recorde de festivais “fora de capitais” seria mantido de qualquer forma.
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