Com mais da metade do ano completo (para ser mais preciso, 54%), chegou a hora de recapitular o que de bom já tivemos em 2021.
O Kolibli separou os 10 álbuns mais legais até agora – com direito a algumas menções honrosas – já que vocês não sabem quão difícil é escolher pouca gente.
Como as tradicionais listas de fim de ano (que serão postadas lá pra segunda metade de dezembro) contam com uma seleção de 50 álbuns, é quase certo que você verá na “big lista” todos os projetos citados aqui. Bora ver os escolhidos?
Menções honrosas
“Portas”, Marisa Monte (Brasil)
Para quem gosta de: MPB
“Zhiva I Ne Zalizna”, The Hardkiss (Ucrânia)
Para quem gosta de: rock alternativo
“Aphrosis”, Helena Paparizou (Grécia)
Para quem gosta de: pop grego
“Sensational”, Erika de Casies (Portugal)
Para quem gosta de: r&b contemporâneo
“Afrique Victime”, Mdou Moctar (Níger)
Para quem gosta de: tishoumaren
Top 10 álbuns de 2021 até agora (em ordem aleatória)
“Te amo lá fora”, Duda Beat
País: Brasil
Para quem gosta de: pop brasileiro
Em seu segundo álbum, a pernambucana Duda Beat demonstra um maior amadurecimento e interesse em experimentações. Pelos 38 minutos de projeto, você irá se deparar com uma enorme gama de gêneros populares misturados – sejam eles de origem brasileira (como no primeiro single, “Meu Pisêro”) ou de origem estrangeira (como no trap de “Game”).
Comece ouvindo: “Meu Pisêro”
“Daddy’s Home”, St. Vincent
País: Estados Unidos
Para quem gosta de: art rock, soul psicodélico
Como em todo álbum novo da St. Vincent, a cantora se reinventa completamente e desta vez aponta para os anos 70. Inspirado na prisão de seu pai e utilizando de uma roupagem que lembra David Bowie na era “Young Americans”, “Daddy’s Home” é uma jornada que evidencia ainda mais St. Vincent como uma roqueira do primeiro escalão mundial.
Comece ouvindo: “Down”
“Tyron”, Slowthai
País: Reino Unido
Para quem gosta de: rap britânico, trap
Dividido entre uma parte mais agressiva e outra introspectiva, o segundo álbum do rapper Slowthai é um projeto caótico e perfeito para quem busca conhecer como funciona o gênero no país de Adele e Pink Floyd.
Comece ouvindo: “Cancelled”
“Batidão Tropical”, Pabllo Vittar
País: Brasil
Para quem gosta de: pop brasileiro, forró eletrônico, tecnobrega
Mesmo que seja praticamente um álbum de covers, “Paredão Tropical” é uma ouvida essencial por conta do toque único que só uma artista como Pabllo Vittar pode oferecer. Do drum n’ bass futurista em “Ultra Som” aos vocais dramáticos de “Ânsia”, o projeto é praticamente um tributo a uma sonoridade muitas vezes apagada do imaginário popular brasileiro.
Comece ouvindo: “Ânsia”
“Krasivo”, Tina Karol
País: Ucrânia
Para quem gosta de: pop russo
Após 15 anos de uma carreira bem sucedida no Leste Europeu, a cantora Tina Karol sai da zona de conforto e entrega um álbum pop que é mais compatível com lançamentos de outras grandes artistas do momento (como Loboda e Dorofeeva). Mesmo com apenas 21 minutos de duração, a energia anárquica e nostálgica de “Krasivo” deixa quase nenhum espaço para objeções.
Comece ouvindo: “Skandal”
“Ignorance”, The Weather Station
País: Canadá
Para quem gosta de: indie pop
“Ignorance” pode ter uma história interessante por trás das letras, como a inspiração que vem do aquecimento global, mas a verdade é que o brilho do álbum está na sinergia entre os vocais de Tamara Lindeman e as gentis instrumentações com cordas e pianos.
Comece ouvindo: “Parking Lot”
“Marmota”, Getúlio Abelha
País: Brasil
Para quem gosta de: pop brasileiro, brega, forró
O álbum mais original de 2021 (até agora, claro) é do artista piauiense Getúlio Abelha. Em “Marmota”, o cantor cria um liquidificador sonoro com ingredientes geograficamente próximos (como as melodias do forró eletrônico, brega e arrocha), assim como uma atitude psicodélica digna de Raul Seixas, mas com boa dose de cultura LGBT+.
Comece ouvindo: “Sinal Fechado”
“The Turning Wheel”, SPELLLING
País: Estados Unidos
Para quem gosta de: art pop
Sob o nome artístico Spelling, a cantora estadunidense Chrystia Cabral é responsável por criar um dos álbuns mais ambiciosos de 2021. “The Turning Wheel” é uma viagem artpop que resgata um estilo vocal que lembra os bons trabalhos de cantoras como Kate Bush, mas de uma forma tão cativante e teatral quanto.
Comece ouvindo: “Little Deer”
“El madrileño”, C. Tangana
País: Espanha
Para quem gosta de: pop espanhol, pop flamenco
A capacidade do rapper C. Tangana em reunir diferentes nomes e influências da música latina é o que faz de “El madrileño” um projeto tão especial. Tem estrelas do flamenco, o brasileiro Toquinho, o uruguaio Jorge Drexler eaté sample de funk. A pergunta, na verdade, deve ser: o que falta aqui?
Comece ouvindo: “Tú Me Dejaste De Querer”
“Ancient Dreams in a Modern Land”, Marina
País: Reino Unido
Para quem gosta de: pop, pop rock
É fácil apontar os erros de “Ancient Dreams in a Modern Land” (como por exemplo, algumas letras que “lacram” de forma errada ou desnecessária). Entretanto, o que faz dele interessante é a produção de ponta e a atitude de Marina em músicas como “Venus Fly Trap”, que a diferem completamente do insosso álbum anterior, “Love + Fear”.
Comece ouvindo: “Venus Fly Trap”
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