Como tem sido a cada ano, o Eurovision Song Contest segue sendo um sucesso de audiência. Nesta terça-feira, a EBU (União Europeia de Radiodifusão) revelou que ao menos 161 milhões de telespectadores sintonizaram no festival a partir da soma dos três shows (duas semifinais e a final) sediados em Turim, na Itália. Apesar do número expressivo, esta é a audiência mais baixa desde 2012 e conta com uma queda de 12% em relação a 2021. Mesmo assim, alguns motivos explicam a queda repentina de público sem gerar preocupações maiores sobre o futuro do festival.
O principal é a Guerra na Ucrânia, já que a Rússia foi banida do festival e não pôde participar ou transmitir o evento em seu país. A Ucrânia seguiu participando (e venceu com a música “Stefania”), mas os números de audiência não foram revelados. No ano passado, os dois países somados geraram um público de 29 milhões de telespectadores para o festival. Outro motivo é a falta de dados de alguns países não muito expressivos em população (mas também não negligenciáveis) como Azerbaijão, Israel e Croácia. Analisando apenas os 34 mercados televisivos utilizados para a apuração de audiência de 2022, o festival teve um aumento de 7 milhões de telespectadores em relação a 2021.
Países favoritos registraram recordes
Como é de costume, a possibilidade de ver a sua nação recebendo um título sempre aumenta o interesse dos telespectadores para o festival. No caso da Espanha, a torcida por Chanel levou 6,8 milhões de pessoas para a frente da televisão – o maior número desde 2008.
Geralmente tidos como indiferentes ao Eurovision, o povo britânico se animou com o favoritismo de Sam Ryder e registrou 8,9 milhões de telespectadores na Grande Final. O número coloca o Reino Unido na 1° posição entre os 36 mercados analisados, posto que não ocupava há 11 anos.
A Itália recebeu o festival e viu o interesse entre o público atingir números históricos. Com uma média de 6,6 milhões de telespectadores, que representa um aumento de 51% em relação a 2021, o país registrou a maior audiência no evento desde o seu retorno ao Eurovision em 2011.
Os países mais engajados
Aproximadamente um terço dos 34 mercados analisados (para ser exato, 13) registraram share de mais de 50% na Grande Final do Eurovision. Os países nórdicos seguem demonstrando um imenso interesse no festival e formaram todo o top 4 na análise da porcentagem de televisores ligados durante o show: Islândia (96,4%), Noruega (89,1%), Suécia (81,4%) e Finlândia (72,8%).
A lista de países que registraram share de mais de 50% também conta com Armênia, Bélgica (emissora na língua flamenga), Dinamarca, Espanha, Estônia, Grécia, Holanda/Países Baixos, Lituânia e o Reino Unido.
Tik Tok na jogada
Patrocinador do Eurovision 2022, o aplicativo Tik Tok criou conteúdos exclusivos e transmitiu os três shows na plataforma pela primeira vez. De acordo com a EBU, a conta oficial do festival recebeu 189 milhões de visualizações nas duas semanas de preparação e realização do evento. Durante a Grande Final, 3,3 milhões de espectadores únicos assistiram ao show somando 5,1 milhões de reproduções no total.
Com a tradicional transmissão pelo Youtube, o canal do Eurovision recebeu 42,3 milhões de espectadores únicos durante a semana do festival. Já durante a Grande Final, a EBU reporta um público de 7,6 milhões de visitantes únicos, representando um aumento de quase 50% em relação ao ano passado.
O esforço para atingir o público mais jovem também compensou: 63% dos espectadores que assistiram a Grande Final pelo Youtube estão na faixa dos 18 a 34 anos.
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