Para promover a difusão global da marca Eurovision, a EBU (União Europeia de Radiodifusão) anunciou nesta terça-feira (12) a criação de uma versão do festival para a América Latina. A Voxovation, empresa que conta com nomes fortes no meio eurovisivo como Christer Bjorkman, será a responsável por organizar os preparativos e encontrar um país-sede. Ainda não há data ou previsão de quando deve acontecer o evento, mas se tomarmos como modelo o próprio Eurovision, só teremos um festival neste nível a partir de 2023.
No comunicado oficial, a EBU destaca que países da América Latina como Brasil, Argentina, México e Chile foram alguns dos que mais registraram visualizações no canal do Eurovision entre os territórios não-participantes. Por conta deste interesse, estas nações serão avaliadas nos próximos meses e poderão receber convites para sediar o evento. Qual cidade brasileira seria a melhor anfitriã caso sejamos escolhidos? Conta para a gente nos comentários!
Mais uma
Com o anúncio de hoje, a América Latina se torna a terceira região a receber uma versão oficial do Eurovision Song Contest. A expansão começou em 2017 com o Eurovision Asia, mas o projeto nunca saiu do papel. No primeiro semestre de 2022, o American Song Contest (competição para estados e territórios dos EUA) foi o primeiro spin-off do Eurovision que de fato existiu, mas não obteve muita aderência entre os fãs do festival e os telespectadores do país. Ainda em abril deste ano, a EBU confirmou a realização do primeiro Eurovision Canada (competição para províncias e territórios do país) a ser lançado em 2023.
Eurovision: um breve resumo
Na televisão desde 1956 (com a exceção de 2020 por conta da pandemia), o Eurovision Song Contest é a competição musical e internacional de maior longevidade no mundo. O evento é tradição no calendário do continente e as últimas edições não mentem: os registros apontam uma audiência que flutua entre 170 e 200 milhões de telespectadores.
O formato do Eurovision é bastante único e difícil de explicar pois não parece com os reality shows que estamos acostumados a assistir no Brasil, como o The Voice. Aqui vão algumas noções de como funciona, mas recomendamos a leitura deste texto aqui:
- Países associados e localizados na zona da EBU (Europa e arredores) podem participar. É importante frisar isso, pois pode ser confuso ver que Israel e Austrália fazem parte;
- A primeira edição teve sete países participantes, mas em 2022 foram 40. O recorde é 43, número atingido em 2008 e 2011;
- Cada nação é representada por uma música original de até 3 minutos que deve ser performada ao vivo no festival. Quem escolhe a música é a emissora afiliada à EBU, que tem autonomia para decidir se abre a decisão ao público ou faz tudo sozinha;
- Com a exceção do chamado Big 5 (os países que contribuem mais financeiramente) e do anfitrião, que é o vencedor do ano anterior, todos os países são divididos em duas semifinais. Os dez mais votados de cada uma delas se juntam aos pré-classificados e participam da Grande Final.
- A votação é dividida em duas partes: 50% fica por conta do público de casa, que pode votar em qualquer país sem ser o seu (aí não teria graça, né?), e os outros 50% são decididos por um júri especializado que também é de cada país.
- Quem fizer o maior número de pontos vence o Eurovision e ganha o direito de sediar o festival no ano seguinte;
- A Ucrânia venceu o Eurovision 2022 com “Stefania” do grupo Kalush Orchestra, mas não vai sediar o evento em 2023 por conta da guerra no país.
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