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Habemus sede! Na tarde desta sexta-feira (07), a BBC (British Broadcasting Company) anunciou que Liverpool será a cidade anfitriã do Eurovision 2023. A escolha foi feita em parceria com a EBU (European Broadcasting Company), órgão responsável pelo festival. O evento será sediado na Liverpool Arena, que fica às margens do rio Mersey, nos dias 9, 11 e 13 de maio de 2023.

Como manda a tradição do Eurovision, o país vencedor do evento ganha o direito de receber o festival no ano seguinte. Entretanto, o último campeão foi a Ucrânia, fazendo com que a EBU fosse obrigada a transferir a sede para outro lugar por conta da guerra que acontece no local. Assim, o vice-campeão Reino Unido (que também faz parte do Big 5, grupo dos países que mais contribuem financeiramente com o Eurovision) foi convidado.

Com cinco vitórias no festival, o Reino Unido quase serve como uma “zona de segurança” do Eurovision quando algum problema acontece. O país sediou o evento oito vezes (mais que qualquer outro) e agora vai para a sua nona, a primeira ocasião em 25 anos. Dentre todas estas edições, Liverpool agora receberá a competição pela primeira vez.

O Supervisor Executivo do Eurovision Martin Österdahl comentou a decisão:

“Liverpool é a cidade ideal para sediar o 67° Eurovision Song Contest em nome da Ucrânia. A cidade é sinônimo de música e a Liverpool Arena ultrapassa todos os requisitos para receber um evento global desta escala. Nós estivemos muito impressionados com a paixão que a cidade mostrou ao abraçar o festival e as suas ideias inclusivas para colocar o vencedor do último ano, Ucrânia, em foco quando milhares de fãs venham visitar em maio.”

Liverpool vence disputa acirrada

Desde a oficialização da transferência do festival para o Reino Unido, ao menos 20 cidades em todo o país expressaram seu interesse em receber o evento. Em agosto, a EBU divulgou que sete cidades haviam sido pré-selecionadas: Birmingham, Glasgow, Leeds, Liverpool, Manchester, Newcastle e Sheffield. No fim de setembro, a briga foi reduzida a Glasgow e Liverpool.

Embora não precise da antecedência de eventos como a Copa do Mundo ou Jogos Olímpicos, o Eurovision é um evento de alta complexidade que começa a ser planejado assim que uma edição acaba. Para a próxima, a BBC usou como exemplo os critérios estabelecidos pela EBU na escolha da sede do Eurovision 2022, realizado em Turim (Itália): precisa ser um local de fácil acesso via aeroportos internacionais, ter uma arena capaz de receber no mínimo 10 mil espectadores (bem como uma sala de imprensa) e grande oferta hoteleira.

Logo ucraniano

Como já frisado pela EBU e pela BBC, o evento não deixará de “ser ucraniano” embora seja realizado fora do país. Uma prova disso é a confirmação de que o logo tradicional do Eurovision terá a bandeira da Ucrânia – e não a britânica – para a próxima edição. Esta é a primeira vez em que isso acontece desde o estabelecimento do símbolo padronizado em 2004.

Por tabela, a Ucrânia também é assegurada de um direito que todo país vencedor tem: a vaga automática na final. Desta forma, a Ucrânia manterá por mais um ano o recorde de 100% de classificação às finais do Eurovision entre os países que não fazem parte do Big 5.


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