Chegou a hora de relembrarmos os melhores clipes lançados em 2020! Apesar dos empecilhos colocados pela pandemia de Covid-19, artistas e diretores driblaram a crise com muita criatividade. Durante a primeira fase da pandemia, a tendência era criar clipes animados (ou no estilo “home made”), que aos poucos voltou ao formato original com notáveis impactos causados pelos protocolos de segurança contra a doença. “Therefore I Am” de Billie Eilish e “Crying at the Discoteque” de Sophie Ellis-Bextor, são clipes que servem como bons exemplos disso e estão na nossa lista.
Aqui estão os 50 melhores clipes de 2020 com direito a algumas menções honrosas. Lembrando que tentamos manter a regra de um clipe por artista principal, mas tem gente por aqui que definitivamente não sabe brincar (Beyoncé, Dua Lipa e IC3PEAK: é com vocês que eu estou falando).
Menções honrosas
“Plak-Plak” — IC3PEAK
“Fever” — Dua Lipa & Angelé
“Mequetrefe” — ARCA
“Tímida” — Pabllo Vittar & Thalia
Top 50
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50. “Athina Mou” — Konstantinos Argiros
País: Grécia
49. “Gospel For A New Century” — Yves Tumor
País: Estados Unidos
48. “Moja Malena” — Sasa Kovacevic
País: Sérvia
47. “Mango” — Sevana
País: Jamaica
46. “Sweet Melody” — Little Mix
País: Reino Unido
45. “Mi Religion” — Natalia Lafourcade
País: México
44. “Agüita” — Gabriel Garzón-Montano
País: Estados Unidos/Colômbia
43. “This is not a drill” — Ize
País: Estados Unidos
42. “Juro Que” — Rosalía
País: Espanha/Catalunha
41. “Prisoner” — Miley Cyrus & Dua Lipa
País: Estados Unidos/Reino Unido
40. “See you in Hell” — AD INFINITUM
País: Suíça
39. “Amarillo” — J Balvin
País: Colômbia
38. “Modo Turbo” — Luisa Sonza, Pabllo Vittar, Anitta
País: Brasil
37. “Maria” — HWA SA
País: Coreia do Sul
36. “Crying at the discotheque” — Sophie Ellis-Bextor
País: Reino Unido
35. “Dejavu/Pozovi” — Artem Pivovarov
País: Ucrânia
34. “Puta” — J Mena
País: Argentina
33. “Injah” — Liraz
País: Israel/Irã
32. “Too Late” — The Weeknd
País: Canadá
31. “Rainha da favela” — Ludmilla
País: Brasil
30. “Yo Perreo Sola” — Bad Bunny
País: Porto Rico
29. “XS” — Rina Sawayama
País: Japão/Reino Unido
28. “Shazam” — Malbec, Siuzanna
País: Rússia
27. “Hit Different” — SZA & Ty Dolla $ign
País: Estados Unidos
26. “Goliath” — Woodkid
País: França
25. “Business Woman” — Nathy Peluso
País: Argentina
24. “Oprah’s Bank Account” — Lil Yachty, DaBaby, Drake
País: Estados Unidos/Canadá
23. “Plans” — Kate NV
País: Rússia
22. “Therefore i Am”– Billie Eilish
País: Estados Unidos
21. “Body” — Megan Thee Stallion
País: Estados Unidos
20. “Noviy Rim” — Loboda
País: Ucrânia
19. “Think about things” — Daði & Gagnamagnið
País: Islândia
18. “Dead Bae” — Bilal Hassani
País: França
17. “WAP” — Cardi B & Megan Thee Stallion
País: Estados Unidos
16. “Rhode” — Sevdaliza
País: Irã/Holanda
15. “Naughty” — Red Velvet — IRENE & SEULGI
País: Coreia do Sul
14. “Do It” — Chloe & Halle
País: Estados Unidos
13. “Physical” — Dua Lipa
País: Reino Unido
12. “Already” — Beyoncé, Shatta Wale, Major Lazer
País: Estados Unidos
11. “KoKoKo/Struktury Ne Vyhodyat Na Ulitsy” — Shortparis
País: Rússia
10. “Нikogda-nebudy” — Hasky
País: Rússia
O polêmico rapper russo ama produções abstratas e simbologias complicadas em suas produções — e sendo assim, o clipe de “Nikogda-Nebudy” não poderia ser diferente. Na produção, Husky brinca com cadáveres em um depósito, acena para atiradores “dançantes” e as circunstâncias de toda essa história não são nada fáceis de decifrar.
9. “Marsh”— IC3PEAK
País: Rússia
A dupla de rostos pálidos mais odiada pelo presidente Vladimir Putin volta com mais um videoclipe de visuais fortes, que desta vez são focados em expor os horrores da guerra.
8. “Stay Tonight” — Chung Ha
País: Coreia do Sul
Mesmo que a cartilha do K-pop privilegie os girl groups, Chunga Ha tem mostrado há ao menos dois anos que consegue fazer um trabalho impactante sozinha mesmo. “Stay Tonight” é outro êxito em sua carreira, mesmo que o clipe siga exatamente a receita do que é feito rotineiramente no gênero. O olhar especial da solista coreana e a execução de mais uma coreografia impressionante fazem do vídeo mais um momento épico para o K-pop nos últimos anos.
7. “Eso que tu haces” — Lido Pimienta
País: Colômbia/Canadá
Mesmo em uma definição relativamente baixa no YouTube, “Eso que tu haces” não deixa de ser uma obra audiovisual de tirar o fôlego. Isso se deve à rica representação da cultura afro-colombiana, com danças e roupas tradicionais, e cenas gravadas em San Basilio de Palenque, cidade colombiana fundada por escravos.
6. “Cut Me” — Moses Sumney
País: Estados Unidos
É comum dizer que a arte é algo subjetivo e que depende da interpretação de cada pessoa, mas o vídeo de “Cut Me”, single do último álbum de Moses Sumney, não deixa outro tipo de opção para quem assiste. O tom melancólico da canção, acompanhado de deslumbrante cinematografia, fazem de “Cut Me” uma viagem audiovisual de puro surrealismo.
5. “La Vita Nuova” — Christine and the Queens
País: França
“La Vita Nuova”, praticamente um curta-metragem feito com as músicas do EP de mesmo nome, é mais uma prova do patamar que Christine ocupa na música pop atual. A/o artista mostra mais uma vez ser inventiva(o), sem se preocupar ao transitar entre feminilidade, masculinidade, teatralidade e dança de forma maestral.
4. “Omo Rapala” — Niniola
País: Nigéria
Em um movimento que parece a tal “volta ás origens” que cantoras como Anitta e Jennifer Lopez já fizeram, Niniola utiliza a Nigéria como locação do clipe de “Omo Rapala” após correr o mundo todo com a sua música. Notada por Beyoncé, Drake e Timbaland, a cantora nigeriana agora aparece nas ruas de Lagos dançando e exibindo looks incríveis como a auto-proclamada “Rainha da Afro-House” que é —e com razão.
3. “911″ — Lady Gaga
País: Estados Unidos
Colocar Lady Gaga em uma lista de melhores clipes nunca foi uma tarefa muito difícil, mas ultimamente tem sido. Desde a era Joanne, a cantora encontrou dificuldades em criar um videoclipe à altura das grandes produções que fez na virada da década passada. “911″, terceiro single do álbum “Chromatica”, finalmente entregou tudo que se espera da cantora: uma produção criativa, profunda, mas dessa vez muito preocupada com o entendimento geral de quem assiste. Aqui, Lady Gaga expõe poeticamente o modus operandi do cérebro de uma pessoa em crise com a sua saúde mental.
2. “Break Your Heart” — Dua Lipa
País: Reino Unido
O álbum “Future Nostalgia” tem sido um divisor de águas na carreira da cantora pop Dua Lipa e tudo isso passa, também, por uma mudança estética impressionante. Se o clipe do primeiro single, “Don’t Start Now”, não foi de encher os olhos, a cantora britânica se redimiu com o belíssimo registro para “Physical” e agora beira o escândalo com “Break Your Heart”. A canção por si só é um evento à parte, mas os visuais criados pela cantora e o diretor Henry Scholfield captam perfeitamente a essência do álbum como um todo, apresentando como resultado uma nostalgia híbrida do que foi feito entre os anos 90 e 2000, mas ainda assim, com uma roupagem fresca e dinâmica.
1. “Brown Skin Girl” — Beyoncé, Blue Ivy, SAINt JHN, WizKid
País: Estados Unidos, Nigéria
No cenário atual do mainstream estadunidense, poucas artistas dominam o audiovisual como Beyoncé. A cantora sempre mostrou uma paixão muito grande pelo formato — e tanto é que, por conta dos diversos clipes lançados para promover o álbum “B’day” (2006), alguns fãs o consideram como o primeiro CD inteiramente visual da cantora.
“Black is King” chega em 2020 como o terceiro álbum visual de Beyoncé (embora o nome original seja “The Gift”) e a cantora mais uma vez eleva os níveis que já eram considerados altíssimos. “Beyoncé” e “Lemonade” são projetos que conquistaram status de clássico com certa rapidez por conta de seus pioneirismos e ambições, mas o compilado de canções inspiradas em ritmos africanos apresentado em “Black is King” expandiu ainda mais o capital narrativo de Beyoncé com a história da diáspora do continente sendo contada de forma rica e poética.
Retirado deste filme, se é que podemos falar assim, “Brown Skin Girl” é o momento em que a produção atinge um nível de sensibilidade que é de encher os olhos. Algo tão simples como amar a própria pele se tornou uma plataforma para que outras mulheres negras bem-sucedidas (como Lupita Nyong’o, Kelly Rowland e Naomi Campbell) praticassem a tão falada representatividade, essencial para a construção de identidade de tantas outras mulheres de cor. “Brown Skin Girl” não só é o melhor clipe de 2020, como também é um dos melhores de Beyoncé, colocando a cantora de uma vez por todas no hall dos maiores artistas de todos os tempos (se isso já não era evidente).
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